NUNCA É DEMAIS. FELIZ NATAL
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Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.
Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.
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Há muitos, muitos anos, quando eu era jovem, trabalhava na Baixa de Lisboa.
Nesse tempo todos trabalhávamos até às 7, 8 ou 9 horas da noite, na véspera de Natal.
Poucos tínhamos direito ao subsídio de Natal e, os que tínhamos, só o recebíamos nessa noite, antes de sair do trabalho. E era quando se fazia as compras, poucas, que o dinheiro não dava para muito e sempre tinha que se levar algum para casa..
A Baixa nesses dias formigava de gente a qualquer hora.
Eram frequentes os encontrões devido à pressa e aos sacos das compras.
Mas havia sempre um pedido de desculpa, um sorriso nos lábios e um "não faz mal" como resposta.
Não havia ainda o espirito consumista que agora impera.
Notava-se o Espirito de Natal no ar.
Actualmente vêem-se pessoas carregadas de sacos de compras.
A pressa é a mesma mas as caras já não são risonhas. Compram-se as prendas como se de um frete se tratasse e não de uma coisa que dá prazer fazer.
E, se alguém dá um encontrão, não é raro ouvir-se: - Olhe lá não vê por onde anda?
E, se ainda há um pedido de desculpas, perdeu-se o sorriso que o acompanhava.
Por favor, se alguém sabe por onde anda o Espirito de Natal da minha juventude, peça-lhe para voltar.
É que eu sinto tantas saudades dele!
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