ÉTICA PARA UM JOVEM
Quando a minha filha andava no 10º (há 9 anos), foi aconselhada pela professora de Filosofia a ler um livro chamado "Ética para um jovem".
Comprou-o, leu-o e, pelo que penso, tem feito bom uso do que leu.
Eu tenho a terrivel mania de não deitar livros fora. Sejam escolares ou não, mesmo que estejam muito velhos, colados com fita gomada, sublinhados, com apontamentos escritos nas margens, com desenhos, até mesmo a cheirar a mofo, não sou capaz e pronto.
Andei a dar uma volta pelos armários e descobri este, já sem capa, guardadinho no meio de outros.
Lembrei-me que nunca o tinha lido. Folheei-o pensando que seria apenas mais um livro escolar e tive a grata surpresa de ver que era tudo menos aquilo que eu pensava. É um LIVRO DE VIDA.
Escrito por Fernando Savater é, supostamente, uma conversa de pai para filho.
Vou ainda quase no principio mas já começa a estar sublinhado, com apontamentos nas margens tal como eu fazia (e ainda faço) com os meus.
Já recordei, sim porque na minha idade (hehehe) já soubemos tudo mas esquecemo-nos, não é?
Então ,melhor dizendo, reaprendi que em matéria de Liberdade nem sempre somos livres de escolher o que nos acontece mas somos livres de escolher a maneira como respondemos a esses acontecimentos.
Ora eu, não escolhi adoecer mas escolhi aproveitar a oportunidade de me tratar.
Não escolhi não me curar mas escolhi não me deixar abater e continuar a viver.
E ainda bem que escolhi não deitar nunca livros fora. Assim escolho continuar a lê-lo e a reaprender.