FAROL (15)
Perdida nesta imensidão que é a minha vida.
Nem triste,nem só, nem abandonada...
Sozinha apenas.
Procuro uma luz que ilumine esta escuridão
Luz quente que me aqueça o coração
E de novo me faça crer
Que é bom continuar a viver.
Por isso, ao entardecer,
Sento-me perto do mar
E enquanto, de mansinho,
Ouço o marulhar
Fico à espera que te acendas
E ,tal como o barco à deriva
Procura a tua luz para não naufragar,
Eu volto a casa.
E aguardo o romper da aurora
Para, também eu, recomeçar.