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rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

SEXTA FEIRA,13

rodrigando, 13.05.11

Eu  hoje gosto deste dia a triplicar

Por ser 6ª feira, fim de semana e ser dia 13, número ligado a muitas coisas boas da minha vida. 

Por isso desejo a tooooooodos que por aqui passem, uma Boa Sexta feira,13 e um ótimo fim de semana.

E, ainda, porque é o dia em que nasceu a minha  primeira sobrinha, que me fez ser uma coisa que eu adoro: TIA.

PARABÉNS FÁTIMA.

FELIZ ANIVERSÁRIO.

TVI - PORQUE A SOLIDARIEDADE FUNCIONA...

rodrigando, 06.05.11

Vê hoje a TVI - Fátima Lopes

Porquê? Porque a Paula vai ser entrevistada.

Quem é a Paula?Uma Mãe-Coragem!

Está a passar dificuldades financeiras terriveis. Uma filha pequena e outra para nascer.

Sem dinheiro para NADA.

Entre os bloguistas o Jorge Soares deu a conhecer esta situação.

A Rosinda quando foi à TVI falou dela.

Hoje a Paula vai ser entrevistada. 

Mesmo aqui, nos nossos cantinhos, a solidariedade pode funcionar.

E funciona.

Decerto que a Paula hoje quando sair da TVI terá mais esperança no futuro.

E, se a puderes ajudar... não hesites.

Bem hajas!

CEDO...TÃO CEDO

rodrigando, 05.05.11

{#emotions_dlg.sleeping}Ainda é tão cedo!

Revolvo-me na cama, embrulho-me ainda mais no aconchego da roupa, afofo a almofada e deito de novo a cabeça, tentando voltar a adormecer.

Lembro-me que, quando era criança, me diziam que se ficarmos quietos e calados o sono chega.

Fico quieta e calada mas não consigo fazer o mesmo com o pensamento.

Ele sobe e trepa pelas montanhas do passado, por aquelas mesmas que eu tive que transpor.

E as recordações vêm umas atrás das outras.Quase se atropelam, quase se sobrepoem. Boas, más,alegres, tristes, dolorosas. São como uma cadeia de argolas. Entrelaçam-se umas nas outras.

Mas eu não quero pensar, não quero recordar, quero simplesmente adormecer.

Mentalmente digo ao pensamento para parar mas ele é desobediente. Quanto mais lho digo mais ele se ri de mim e me recorda outras vezes em que tivemos a mesma luta.

Nem sempre ele ganha. Por vezes acabo por adormecer cansada de pensar e recordar.

Hoje venceu ele.{#emotions_dlg.annoyed}

ONTEM FIZ

rodrigando, 04.05.11

Aquilo que não quero e não volto a fazer. Mas ontem tinha que o fazer.

No meu primeiro dia, ou primeira tarde, de reformada fui para o jardim.

A tarde estava agradável e soalheira e, embora o jardim tenha árvores já cinquentonas, o sol conseguia filtrar-se por entre os ramos.

Provavelmente como consequência do recente temporal de granizo.

A verdade é que momentos antes tinha encontrado uma tia do meu ex-marido, tal como eu recentemente reformada e sentámo-nos a conversar.A conversa foi o pretexto porque o que eu queria mesmo era ver o que se passava à minha volta.

E vi, homens e mulheres envelhecidos, curvados, alguns de bengala, que conversavam das doenças, dos problemas, das magras pensões e até, imaginem do modo como são tratados.

Alguns jogavam às cartas em duas ou três mesas e mais nada.

Recordo-me daquelas pessoas há apenas alguns anos. Conheço muitos deles desde sempre (moro aqui há 47 anos) e fez-me muito má impressão ver como envelheceram em tão pouco tempo. Vi-os a viver a vida de quem não tem nada para fazer, de quem se entretém apenas a matar o tempo e alguns até não são assim tão idosos.

Em tudo isto apenas duas coisas me alegraram. Como o jardim está no Largo da entrada da povoação e é um local de passagem, encontrei ou fui encontrada, por conhecidos e amigos que não via há muito.

A outra foi um senhor idoso, bastante idoso, que se encontrava sentado no mesmo banco e a quem a certa altura uma jovem (bisneta ao que percebi), foi buscar e levou, carinhosamente, de braço dado, enquanto conversavam. Gostei da forma suave como a jovem o conduzia. Via-se amor entre eles e também esse sentimento não é muito habitual da parte de alguns jovens para familiares idosos.

Estava lá há cerca de meia hora quando senti necessidade de ir-me embora.

Parecia-me que, se ficasse ali mais tempo sentada, acabaria agarrada ao banco e ao jardim. E ficaria exactamente como não quero.

A sentir-me não como reformada a descansar de horários e compromissos laborais, com VIDA para viver, coisas para fazer e até para aprender mas como uma mulher velha, curvada, a falar de doenças e de coisas más.

E não é esta vida que quero para mim.

Estou reformada mas estou Viva e é assim que quero continuar.

 

OFICIALMENTE...

rodrigando, 02.05.11

Estou reformada.

Quando recebi a noticia inicialmente senti-me feliz e liberta.

Há muito que tinha decidido que quando me reformasse faria voluntariado e mantenho a decisão.

Depois, ao ler a carta com a comunicação e os pormenores, senti-me triste e até revoltada.

Fiquei com uma pensão mais baixa do que o que estava calculado e ainda menos do que o ordenado, que já de si era baixo.

Eventualmente será alterado se comprovar que nos dois últimos anos descontei para aposentação e sobrevivência.

Eu sou (era) funcionária numa Escola, então como poderia não descontar? Então porquê o eventualmente? 

Como se isso não bastasse numa pensão de 466,00, desconto 3,14 para o Factor de Sustentabilidade para 2011.

O que é isto, afinal?

Eu sou (era) funcionária pública! É esta a minha reforma choruda?

Estive 12 anos desempregada. Toda a vida tinha estado atrás duma secretária mas quando surgiu uma oportunidade aproveitei-a.

Passei a ser "contina" numa Escola.

Se alguém estranhava eu respondia como sempre pensei - Não há profissões indignas, há pessoas indignas em todas as profissões.

Durante 15 anos exerci esta profissão com a mesma dedicação e profissionalismo que sempre tive.

Orgulho-me da relação que tive e tenho com alunos, colegas e professores: Respeito e camaradagem. Já tenho saudades.

Chegar ao fim da vida profissional e ficar com esta pensão faz-me pensar.

Não tenho dívidas nem grandes encargos.

Tenho filhos que em caso de necessidade me apoiarão, mesmo tendo filhos pequenos e os encargos de casais jovens.

Sei que há pessoas com reformas muito inferiores à minha e sem qualquer apoio. Como sobrevivem?

E, embora um pouco triste e revoltada, sinto que não sou dos mais desafortunados.

Estou reformada e livre. {#emotions_dlg.happy}Vou fazer o que quiser e puder... mesmo que com pouco dinheiro.{#emotions_dlg.bouquete}

OFICIALMENTE...

rodrigando, 02.05.11

Estou reformada!

A primeira reacção foi de alegria, de libertação.

Há muito tempo que tinha decidido que quando me reformasse faria voluntariado. E mantenho essa decisão.

No entanto quando comecei a analisar a carta com a comunicação fiquei triste e até um pouco revoltada.

Fico a receber menos do que recebia de ordenado que já de si era pouco.

Eventualmente poderá ser alterado se comprovar que nos dois últimos anos fiz descontos para aposentação e sobrevivência (?).

Sou (era) funcionária de uma Escola, seria possivel não os ter feito? Então porquê a eventualidade?

E, como se isto não bastasse, numa pensão de 466,00 ainda desconto 3,14 para o Factor de Sustentabilidade para 2011...

O que é isto, afinal?

Estive 12 anos desempregada. Quando tive oportunidade aproveitei-a. Toda a vida tinha estado atrás duma secretária e passei a ser "contina" numa escola.

Fui durante 15 anos a mesma profissional dedicada e competente que sempre tinha sido.

Quando alguém estranhava a mudança eu dizia o que sentia: - Não há profissões indignas, há pessoas indignas em todas as profissões.

Tinha e tenho orgulho na forma como me relacionava com professores, colegas e alunos. E já tenho saudades.

Eu sou (era!) funcionária pública. Então onde está a Reforma choruda?

Sem brincadeira: Ao fim de uma vida de trabalho eu vou viver com esta pensão. Não tenho dívidas nem grandes encargos.

Tenho uns filhos que se fôr preciso estarão presentes no auxílio, mesmo tendo a sua própria família e as despesas de casais jovens e com filhos.

Mas...e quem não tem apoios?

Há pessoas com pensões muito inferiores à minha. Como sobrevivem?

Apesar de tudo eu não sou das mais desafortunadas.

E estou livre para fazer aquilo que quiser e puder... mesmo com pouco dinheiro.