Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

TATUAGENS

rodrigando, 26.06.10

Beija-flor tatuado em pele de porco

Longe vai o tempo em que quem usava uma tatuagem eram marujos, presos ou marginais.
Hoje a tatuagem tornou-se uma obra de arte.
Com a chegada do Verão e os corpos mais nús, vêm-se verdadeiras obras de arte andantes ( e também algumas aberraçoes, claro).
Eu gosto de as ver coloridas. Gosto de flores de lótus, beija-flor, golfinhos, elfos, fadas mas, não sei porquê, os que mais me fascinam são os unicórnios.
(Reminescências do mundo dos sonhos ou chegada à 2ª infância)?
Não gosto de as ver grandes a não ser que sejam simples e sem muitos floreados.
Não gosto das compactas, escuras e agressivas. Mas gostos não se discutem, não é?
Este ano, nas noivas de Santo António, havia uma noiva que tinha  um diabrete nas costas. Estava giro,  era inesperado e sobressaía imenso no vestido de noiva, sem ombros.
Quando lhe perguntaram a razão da tatuagem disse que a irmã (penso que gémea), tatuou um anjo por isso ela resolveu tatuar o diabinho.
Embora não seja dos desenhos meus preferidos, achei imensa graça.
Eu, se fosse mais nova, até sei como surpreendia a minha gente!
E, mesmo assim, não sei se um dia destes não lhes prego uma partida.
Basta encontrar um decalque de que eu goste.
Ai, é mesmo a 2ª infância, de certeza.

O MEU JARDIM

rodrigando, 18.06.10


(Foto retirada do blog da minha amiga CHICAILHÉU que, espero, me perdõe o atrevimento).

 

Depois de quase um mês a "veranear" por casa dos filhos hoje fui a casa buscar o correio e mais medicamentos.

Como esperava, mal cheguei ao portão fiquei deslumbrada.

As minhas hortenses floriram de tal maneira que mal consegui entrar no quintal, tantas são as flores que deram.

E, como sempre, perante o meu espanto há-as cor de rosa e azul/lilás no mesmo pé.

Pelo menos pareceram-me no mesmo pé.

Claro que apanhei um grande ramo que mandei para a jarra da minha comadre, no arraial.

Tenho pena de não ter fotografias pois só visto.

E a minha roseira, que tem mais de 30 anos, lá tem ainda umas rosas abertas e perfumadas e dois botõesinhos a prepararem-se para abrir.

Felizmente a humidade de que me queixo na casa é preciosa no quintal. Aqui nesta terra há um grande lençol freático o que permite poupar água nas regas e ter este resultado.

Também com a inconstância do tempo e,se calhar, com a ajuda do meu vizinho de cima que rega o quintal dele com frequência por estar mais exposto ao sol.

Não sei a razão mas que estão frescas e floridas estão.

JOSÉ SARAMAGO

rodrigando, 18.06.10



Podemos concordar ou discordar das opiniões dele o que não podemos é ignorá-lo.

Possuo 3 livros autografados, "Levantado do Chão, "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "O Memorial do Convento", cada um destinado a um dos filhos.

Muitas vezes, ao lê-lo, fiquei chocada com a frontalidade que usava. Mas depressa aprendi que ele não estava preocupado com o que as pessoas pensariam mas apenas em escrever as coisas da forma como as pensava.

E isso valeu-lhe o reconhecimento do Mundo, um Nobel da Literatura e o reabrir das portas do País onde nasceu e que tanto o maltratou.E se ele não o tivesse ganho?  Será que alguma vez o fariam?

Por causa dos exames nacionais a minha filha teve que fazer testes sobre o Memorial do Convento. Várias trocas de impressões e eis-me de novo a relê-lo.

Hoje a notícia apanhou-me, como a tantos de nós, de surpresa.

Não sou rancorosa ou, pelo menos, não me tenho na conta disso mas no caso dele não sei se quereria ser voltar para Portugal depois de morto.

Claro que as honras que lhe vão prestar são merecidas, tal como o serão a tantos outros mas, E SE ELE NÃO TIVESSE GANHO O PRÉMIO NOBEL far-lhas-iam?

José Saramago, descanse em paz.

AMADORA, PARQUE CENTRAL (renovado)

rodrigando, 17.06.10

 

O meu Amigo Diogo mandou-me há dias um mail sobre as obras de requalificação deste magnifico Parque da Cidade.

É verdade que estava muito degradado e abandonado. Que a água do lago era verde e mal cheirosa por falta de manutenção. Que era um "paraíso" de compra e venda de certas substâncias. Que era um pouco intimidante de atravessar por falta de segurança.

Que também era dificil a vida para os animais que o habitavam; cisnes, patos, peixes,tartarugas... etc, devido à degradação a que o parque tinha chegado.

No novo Parque tudo isto desapareceu.

Terá sido por causa da gripe das aves que os animais desapareceram e foram substituídos por  cisnes de madeira (gaivotas) para passear no lago?

Ou porque em tempo de crise também é necessário rentabilizar o Parque?

Veremos durante quanto tempo se mantém assim, limpinho, cuidado,  seguro e policiado.

Mas está tão vazio!

Por favor, senhores da Câmara, mandem repovoar o lago ou,pelo menos, arranjem um espaço para alguns animais.

Os cisnes, patos, peixes e tartarugas não fizeram mal a ninguém são um regalo para os nossos olhos e uma alegria para as crianças!

PEÇO-VOS DESCULPA

rodrigando, 15.06.10

 

 



Como sabem por norma respondo a todos os comentários e mails que recebo.

Mas o meu mail do sapo de vez em quando prega-me partidas.

Ás vezes acontece-me que, ao ler os mail que chegaram nesse dia e que em principio deviam estar todos seguidos, descubro outros chegados anteriormente,  que andaram perdidos e aos quais não respondi em devido tempo.

Respondo assim que os encontro. Se já aconteceu responder-vos alguns dias depois não foi por desinteresse mas apenas por esta razão.

É esta a razão deste post: Explicar-me e pedir desculpa. Vou tentar estar mais atenta.

Esta esperança que não morre... apesar de presa ao mastro

rodrigando, 15.06.10

Acabou o 1º jogo de Portugal no Mundial 2010.

Portugal 0 -  Costa do Marfim-0.  Sem brilho, porque sem golos nem sempre é sinal de mau jogo.

Não vi, não ouvi. Apenas ouvi os comentários de alguns espectadores locais. Muito pouco animados ou tão pouco animados como eu.

Talvez tenha sido apenas o arranque e no futuro vejamos uma Selecção acordada. Oxalá!

Sempre vi os jogos da Selecção. Europeus, Mundiais ...Torcia... Sofria.

Desta vez não posso. Preciso do coração sem sobressaltos.

Além do cansaço fisico que está a voltar e os efeitos dolorosos dos medicamentos que não param, os nervos andam à flor da pele e tenho que preservar-me.

Mas achei graça porque o vento soprou forte durante todo o tempo do jogo.

Pensei, será que o vento também está a soprar a favor de Portugal?

Afinal o vento soprou neutro. Cada metade soprou para seu lado. E parou quando o jogo acabou.

E, como bons Portugueses que somos... "Então, não ganhámos mas também não perdemos,pois não?"

E para a semana há mais.

UM TOSTÃOZINHO...

rodrigando, 12.06.10



Para o Santo António!!!

Perdeu-se a tradição.

Acabaram-se as fogueiras que, mesmo com cuidado e regras para saltar, de vez em quando provocavam acidentes.

Acabaram-se os "altares".

Acabaram-se as crianças a pedir "dê-me um tostãozinho para o Santo António".

Um dia vivi um episódio giro.

Teria talvez os meus 20 anos. Um rapazinho aproximou-se de mim com uma tijela na mão e fez o tradicional pedido.

- "Para o Stº.António ou para ti, meu maroto? perguntei.

- O dinheiro é para mim mas ele depois é que lhe agradece.

- Ah sim, como?

- Arranja-lhe um namorado mas se ele não arranjar para o ano venha cá ter comigo. Depois de me dar o tostãozinho eu vou ali falar com ele."

Esta e outras respostas neste género era o que recebia quem se armava em esperto com os miúdos de Lisboa.

E eu, claro, não fui excepção.

A ajuizar pelo que vi ontem prefiro que esta tradição se perca a que qualquer dia sejam os mais idosos a terem que o fazer.

Feliz Santo António.

PERIPÉCIAS de uma viagem

rodrigando, 12.06.10

Para sorrir ou pensar.

Ontem precisei de ir ao hospital levantar os medicamentos para o meu tratamento.

Como estou em casa da minha filha basta-me apanhar o Metro e gastar cerca de 40 minutos de viagem para cada lado.

 

À ida

1ª- Assim que  o comboio arrancou  as pessoas que estavam a sentar-se (eu inclusivé) batem com a nuca nuns ferros que  "ornamentam"                   a   parte de cima dos bancos.

Bom inicio,pensei, isto promete!

2ª- Como passava pouco das 14 horas a carruagem levava 22 passageiros.

Só 9 não mastigavam pastilha elástica!

3ª- A certa altura entrou uma senhora de cerca de 6o anos, vestida normalmente, sem ar de pedinte mas que estava mesmo a pedir.

Notei o ar  envergonhado com que se dirigia às pessoas.

Poucas partilharam e apenas vi moedas de cobre (cêntimos). Pelos vistos a crise chegou a todos. Dei comigo a pensar que não era justo                chegar a esta idade e ter de pedir para sobreviver.

4ª- Já na rua do Hospital passa por mim um autocarro que diz:

Santo António

barraqueiro

Na volta

5ª- Numa estação do metro (já não sei qual) uma frase do grande Cesário Verde, mais ou menos assim:-"Quem dera não morresse nunca e                 eternamente procurasse e encontrasse a perfeição das coisas".

Eternamente não é muito tempo?

E viver num mundo perfeito não se tornaria monótono?

6ª. Na estação do Marquês de Pombal, encontrei o dito senhor de costas voltadas para o "Zé Povinho".

Pensei: Bolas, até tu?

7ª- Na mesma estação uma senhora africana pede a outra senhora uma informação.

Depois de a informar a senhora, que tinha sotaque do Leste, comenta com um sorriso:- Gosto de ajudar.Também me ajudaram quando                   cá cheguei.

Passado algum tempo apercebi-me que a informação estava errada mas a senhora africana já se tinha ido embora.

8ª- Sentado à minha frente um jovem de cabelos algo compridos e não muito cuidados, responde a uma senhora que lhe pergunta com ar de               censura -porque é que usas assim o cabelo?

-Porque gosto!

Ora toma!!! acrescentei eu.

 

 

NOITES BRANCAS (15)

rodrigando, 11.06.10

Mais uma noite em branco

A pensar, a repensar,

A imaginar.

Se eu soubesse...

Se eu pudesse...

Tudo seria diferente.

 

E, no entanto,

Nada se pode mudar.

Foi assim, aconteceu.

A dor, com o tempo,

Fica diferente.

Está cá mas está dormente.

 

- "Ai se fosse hoje!..."

Mas o hoje é já  chegado,

Um novo dia  nasceu.

E o meu corpo, de cansado,

Num leito todo enrolado,

Finalmente... adormeceu.

Pág. 1/2