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rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

DE MÃOS DADAS

rodrigando, 27.02.10

 

 

 

 

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Como irmãos, que de vez em quando se desentendem mas que ao primeiro sinal de perigo se unem.

 

Perante tanto horror,  tanta devastidão,  tanta desolação, esqueceram-se os desentendimentos políticos e deram-se as mãos para recomeçar de novo.

O povo da Madeira deu uma lição de coragem, de civismo e de união.

PARABENS porque não perderam tempo para lamentos, deitaram mãos à obra e recomeçaram a reconstruir o seu Jardim.

Quem,como eu, viu cheia de lágrimas as primeiras imagens e agora vê as que nos chegam dia a dia quase não acredita que seja a mesma terra e as mesmas ruas.

Também os rostos das pessoas mudaram. Estão mais cansadas, diria mesmo exaustas mas vê-se que lá no fundo a alegria que lhes vem do coração pelo trabalho e pelo resultado obtido lhes renova as forças.

PARABÉNS e OBRIGADA pela lição de coragem e de unidade que deram ao mundo e a nós, continentais ,também.

Tenho amigos que perderam tudo, menos a vida, felizmente embora tenham perdido familiares e amigos.

Sacrificaram a família, o descanso, o bem estar, para procurarem ter uma velhice mais desafogada ,porque, como diziam, "terra é terra" e está sempre valorizada. Agora vieram as águas e das terras resta um buraco no chão.

Confesso que pensava que na minha idade já pouco mais teria que aprender mas ultimamente tenho dado comigo a analisar os ultimos acontecimentos e a perceber que afinal, tenho aprendido muito.

É pena  que esteja a aprender pela negativa ou antes com acontecimentos negativos, mas 

a aprendizagem é sempre positiva

 

Quanto a mim,ainda não recuperei da depressão,nem vou recuperar porque já era crónica mas está a ser controlada. Continuo o tratamento para a hepatite e só em Abril saberei novos resultados.Até lá vamos fazendo o tratamento e esperando com calma.Hoje estou em casa mas em trânsito, desta vez para casa do filho mais velho porque ainda não me sinto em condições para estar sózinha dias seguidos, continuo de atestado e fisicamente sinto-me ainda bastante debilitada..

 E estou a pensar seriamente na Reforma.

Penso que independentemente de me curar ou não, há muitas coisas que sempre quis fazer e viver e está na altura de começar a pensar nisso.

 

CONTINUAR A APRENDER

rodrigando, 08.02.10

 

Devagarinho com coragem e com a vossa amizade, a depressão vai sendo combatida e com a ajuda dos medicamentos para a anemia que me estava a fazer perder cada vez mais as forças, as coisas vão-se compondo.

Embora continue em casa da minha filha e não me entenda muito bem com este pc porque o meu ficou em casa, e este é tactil o que me obriga continuamente a carregar em teclas que o meu não necessita,

Continuo com a medicação habitual, sem me descuidar (como sempre fiz) e, apesar da ultima desilusão, continuo a a acreditar em bons resultados, embora, já não tão eufórica.

Tenho tido muito tempo para pensar e, apercebi-me, que estava convencida de que fazendo tudo direitinho e com confiança  e apesar das reacções aos medicamentos às vezes serem dolorosas, ao fim de seis meses estaria curada e teria sido uma etape má mas ultrapassada.

Seria assim "tipo canja".

Fui obrigada a "descer à terra". e o bater com os pés no chão foi um bocado doloroso demais e inesperado.

Agora vivo um dia de cada vez, com confiança, com esperança na cura mas com os pés no chão.

Sempre achei que  as coisas vêm à nossa vida por alguma razão. É porque temos que aprender alguma coisa. 

Pensava que o que tinha tido que aprender seria a experiência de lutar contra a doença e curar-me.

E sim, teria sido canja.

Agora penso que tenho muito mais para aprender.

E não só em relação à doença.

Quando eu tiver aprendido tudo o que tenho que aprender, vou-me embora.

E, embora essa ideia não me assuste nem me preocupe por ai além, a verdade é que ainda quero e espero viver muitos anos

Logo, AINDA TENHO MUITO PARA APRENDER, não é?

                                                                                                   

Devagarinho e com força de vontade

rodrigando, 02.02.10

 

 

 

 Tenho estado em casa da minha filha e confesso que de certa forma isso me tem ajudado porque além de estar acompanhada sempre me distraio mais.

Estar com o meu neto (maroto mas meiguinho), ter refeições a tempo e horas, coisa que sózinha me esqueço até de comer e, embora com pouco apetite, sempre como.

Estou a fazer a medicação como sempre fiz e esperar que as próximas análises tragam melhores noticias.

Por isso devagarinho e com força de vontade  já me sinto mais animada.

Vim a casa buscar mais medicamentos e aproveitei para deixar notícias.

Obrigada pelo cuidado e um grande beijinho para todas.