DE MÃOS DADAS
Como irmãos, que de vez em quando se desentendem mas que ao primeiro sinal de perigo se unem.
Perante tanto horror, tanta devastidão, tanta desolação, esqueceram-se os desentendimentos políticos e deram-se as mãos para recomeçar de novo.
O povo da Madeira deu uma lição de coragem, de civismo e de união.
PARABENS porque não perderam tempo para lamentos, deitaram mãos à obra e recomeçaram a reconstruir o seu Jardim.
Quem,como eu, viu cheia de lágrimas as primeiras imagens e agora vê as que nos chegam dia a dia quase não acredita que seja a mesma terra e as mesmas ruas.
Também os rostos das pessoas mudaram. Estão mais cansadas, diria mesmo exaustas mas vê-se que lá no fundo a alegria que lhes vem do coração pelo trabalho e pelo resultado obtido lhes renova as forças.
PARABÉNS e OBRIGADA pela lição de coragem e de unidade que deram ao mundo e a nós, continentais ,também.
Tenho amigos que perderam tudo, menos a vida, felizmente embora tenham perdido familiares e amigos.
Sacrificaram a família, o descanso, o bem estar, para procurarem ter uma velhice mais desafogada ,porque, como diziam, "terra é terra" e está sempre valorizada. Agora vieram as águas e das terras resta um buraco no chão.
Confesso que pensava que na minha idade já pouco mais teria que aprender mas ultimamente tenho dado comigo a analisar os ultimos acontecimentos e a perceber que afinal, tenho aprendido muito.
É pena que esteja a aprender pela negativa ou antes com acontecimentos negativos, mas
a aprendizagem é sempre positiva
Quanto a mim,ainda não recuperei da depressão,nem vou recuperar porque já era crónica mas está a ser controlada. Continuo o tratamento para a hepatite e só em Abril saberei novos resultados.Até lá vamos fazendo o tratamento e esperando com calma.Hoje estou em casa mas em trânsito, desta vez para casa do filho mais velho porque ainda não me sinto em condições para estar sózinha dias seguidos, continuo de atestado e fisicamente sinto-me ainda bastante debilitada..
E estou a pensar seriamente na Reforma.
Penso que independentemente de me curar ou não, há muitas coisas que sempre quis fazer e viver e está na altura de começar a pensar nisso.