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rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

rodrigando

Aqui falo de mim, dos que amo, dos meus sonhos, das minhas alegrias e tristezas e de tudo o que gosto...ou não.

ÁS VEZES SINTO-ME ASSIM

rodrigando, 15.08.09

 Ás vezes sinto-me assim. Um rio sereno,calmo, tranquilo ,sem pressa de seguir em frente ,deixando apenas a Vida correr,

            Ás vezes também olho para as minhas margens e quando as vejo largas e tranquilas,sem pedregulhos nem alcantilados sinto a vida a caminhar.

             Ás vezes  olho  para lá das minhas margens e, quando vejo terras verdejantes,cobertas de vida porque beberam das minhas águas , sinto que estou a cumprir.

              Ás vezes vejo homens nessas terras .Uns cavam e semeiam,outros não.

Uns colhem o que semearam,outros comem o que eles colheram.

              Então ,sinto que estou a ser usada.

               Zango~me e, enfurecida ,parto à desfilada.

               Piso pedras e calhaus, galgo rochas, esborracho-me nos rochedos e, na pressa de sair, esqueço-me que quanto mais depressa andar mais depressa vou parar.

                Sim.Porque lá no fim tenho o mar à minha espera.

                 Ás vezes a minha vida é mesmo assim.Como um rio.

AMAR NA 1ª PESSOA

rodrigando, 15.08.09

     AMAR É TUDO O QUE RESTA

        QUANDO NÃO RESTA MAIS NADA

           NÃO IMPORTA QUEM OU QUANTO AMES

              SE NA TUA VIDA NÃO ÉS TU

                 A PRIMEIRA PESSOA AMADA

 

                         

                                                                                                                                 

ÁS VEZES BASTAVA UM SORRISO

rodrigando, 14.08.09

 

       O meu vizinho melhorou e já vai voltar para casa.Hoje encontrei a esposa que me disse que provavelmente terá que mudar de casa pois mora num terceiro andar,sem elevador e o médico não aconselha o marido a subir escadas,pelo menos por enquanto.

         -Estou tão contente! disse-me com um grande sorriso.

         -Mas agora tenho pena de sair daqui, já me habituei ás pessoas.

.        Devo tê-la olhado com  ar de incredulidade . Como se pode ter habituado a pessoas com quem se cruzou durante uma quantidade de anos (eu incluída) sem que tivesse havido qualquer troca de palavras ou até um simples cumprimento?

          Quando lho disse ,respondeu que eles também tiveram culpa ,que viviam num mundo tão só seu que nunca se deram conta de que precisavam de outras pessoas.Que foi preciso passarem por esta aflição para o perceberem..

           Meio a sério,meio a brincar,respondi-lhe que então não fizessem o mesmo no novo lugar para onde forem.

           Quando nos despedimos dei por mim a pensar que às vezes precisamos de passar por algum momento menos bom para percebermos que temos que mudar algo na nossa vida. 

            Pelos vistos e de maneira bem dolorosa este casal aprendeu que não pode viver só.Eu aprendi que estar atenta aos sinais que nos dão pode ajudar mas , aprendi sobretudo que se alguma vez ,nas tantas em que nos cruzámos, os tivesse cumprimentado ou apenas

sorrido ,a senhora  talvez não se  tivesse sentido tão sózinha quando o marido adoeceu.

             E afinal sorrir é tão fácil.

UM DIA EM CHEIO (CHEIO)

rodrigando, 14.08.09

 

         

       Hoje fui a Lisboa.Coisa incrivel,não é? Moro e trabalho a menos de 1 Km e passo meses sem lá ir.

       Pois é, hoje tive de fazer companhia a uma amiga que precisava de i r à Baixa e resolvi aceitar o convite do filho do meio(O Bruno,o meigo,o grandalhão) para ir conhecer o seu actual local de trabalho e almoçar lá.

        Fomos de electrico da Praça do Comércio até Belém e até parecia que não estava em Portugal.Ouvi falar em italiano,francês,espanhol,inglês e noutros idiomas que me são totalmente desconhecidos. Poucas pessoas dentro do electrico falavam Português.

       Havia pessoas de todas as idades.O meu filho costuma dizer-me que para viajar não é preciso ter muito dinheiro e hoje tive a noção disso.A maioria das pessoas estrangeiras não aparentava grande poder de compra,eram "turistas de mochila às costas" como lhes chamou o fiscal. Reparei que quando entravam,antes de procurar lugar ,se dirigiam á maquina para comprar o bilhete,coisa que já vi muito português fugir de fazer.

          Quando chegámos a Belém,em frente aos Jerónimos, o electrico ficou vazio.

           Como o trabalho do filho é perto do Padrão das Descobertas almoçámos com uma vista previlegiada para o Tejo. Um bom almoço,  uma companhia amiga,um local aprazivel e parecia suficiente. Mas não!

            A tarde ainda ia no princípio,o calor apertava e nada melhor que continuar nalgum

sitio fresco e interessante.Com o Centro Cultural de  Belém ali ao lado a escolha não foi dificil.

            Fomos ao Museu.

             Quando lá estava apercebi-me de que havia imenso tempo que não ia a um Museu.Fiz a mim mesma a promessa de não deixar que isso volte a acontecer.

            Ir a Belém e não ir aos pastéis é como ir a Roma e... mas,como não sou católica,optei por ir aos pastéis de cerveja.

            Como para voltar para casa tinhamos que ir apanhar a camioneta em frente ao Museu dos Coches,ao passarmos junto ao portão do Palácio de Belém reparei nos Guardas que lá estavam de serviço, com aquelas fardas pesadissimas, com o capacete das crinas, tudo muito bonito -para inglês ver - e no calor tremendo que deverão sentir nas horas que ali estão de serviço.

             Claro que me lembrei do meu filho mais velho e dos dias que lhe toca quele serviço . Felizmente ainda se encontra a gozar a licença de paternidade e, pelo menos hoje,

não teve que passar aquele tormento.Noutros dias terá!

               A tarde estava no fim quando voltei para casa e uf,que bom que foi descalçar os sapatos.!

                Rodriguinhos

DE MÃOS DADAS... " O que é que eu faço?"

rodrigando, 11.08.09

                 

 

       Moro na mesma rua há mais de 30 anos por isso conheço a maioria das pessoas que cá moram.A muitos de nós nasceram-nos  aqui os filhos,vimo-los crescer e agora vemo-los vir  a casa dos pais já acompanhados dos filhos. De certa forma isto é como uma aldeia em que todos se conhecem para o bem e para o mal,que dizer quando há uma noticia boa estamos cá todos e quando a notícia é má também cá estamos.

        Claro que isto implica alguma falta de privacidade mas antes isso do que viver naqueles prédios em que nem sequer se conhecem os vizinhos do lado.

         Há alguns anos,quando o bairro foi legalizado e se começaram a construir prédios novos,veio cá para a rua um casal já na casa dos 50 que andava sempre junto , de mãos dadas e sempre a conversar.  

           Quantas vezes os vi passar assim? Quantas vezes os olhei até com um bocadinho de inveja pela harmonia e pela cumplicidade que deles emanava?

            Mais do que uma vez reparei que viviam num mundo só deles,não cumprimentavam ninguém e ninguém os cumprimentava! Quanta confusão me faziam!

            Há alguns dias comecei a ver a senhora sózinha. Comecei a aperceber-me que estava mais magra,triste e abatida.

            Hoje não resisti.Fui ao encontro dela, pedi-lhe desculpa, disse-lhe que tenho estranhado vê-la sozinha e perguntei se estava tudo bem com o marido.

           A  principio olhou-me com ar de quem me ia mandar dar uma volta  e quase me arrependi. Depois deve ter-se apercebido que não o fazia por coscuvilhice e acabou por me dizer, já com lágrimas nos olhos,que o marido teve um AVC e  está no Hospital muito mal.

           Mesmo na rua conversámos mais um pouco e acabei por saber que só se teem um ao outro.

            -Ai minha senhora o que é que eu faço se o meu marido morre?

              Apertei-lhe a mão com uma vontade enorme de a abraçar , disse-lhe as palavras que é costume quando não sabemos o que dizer .

            Quando nos despedimos sorriu-me e tive a sensação que era o sorriso de quem já não se sentia tão só.

             E eu tive mais uma oportunidade para agradecer a Deus pela família que me deu.

DESCULPA-ME ALEXANDRA

rodrigando, 08.08.09

 

     

     Quando soube da morte de RAUL SOLNADO lembrei-me da "guerra de 1908" do  Sr.Fritz e de tantos outros programas que ele fez. Lembrei-me da Casa do Artista que ele ajudou a fundar e que tão necessária era para que alguns dos nossos Artistas tivessem um resto de vida com conforto, dignidade e  a companhia dos colegas.

     

      Lembrei-me da familia que,embora com uma visão diferente da vida e da morte,estará a sofrer com a  sua partida.

       Tenho quase todos os livros que a Alexandra publicou e  que não sendo qualquer religião me têm muitas vezes dado respostas a dúvidas e incertezas.

 

        Por essa razão abri o primeiro livro LUZ e no fim da pag.139 encontrei:

 

        "...Na Ascensão...

        Não há apelo que não tenha uma visita;

         

        Não há erro que não tenha perdão;

        Não há excesso que não tenha compensação;

 

         Não há karma que não tenha coragem;

          Não há dharma que  não tenha luz;

 

         Não há passo que não tenha estrada;

          Não há terra que não tenha vazio."

 

        Esse vazio deixa o Raul nos nossos palcos e na nossa vida.

         O CEU chamou um filho, a terra ficou mais pobre. Desculpa-me Alexandra por ter usado o teu Livro para falar do teu Pai. 

         

          Espero em Deus que um dia no encontremos todos no Céu e, como se despedia o teu Pai... FAÇAM O FAVOR DE SER FELIZES! 

 

...

rodrigando, 07.08.09

 

 

 

 

        Ontem recebi um mail com um video em que um determinado médico italiano mostrava uma colonnoscopia e uma pneumoscopia (não sei se estes termos estão correctos) com cancro.

         

         Segundo ele, depois de muito estudar chegou à conclusão que o cancro se propaga no organismo não pela divisão celular mas pela propagação de fungos,visto o próprio cancro ser apenas um fungo que se aloja no organismo e que é tratável apenas com  o borato de sódio ,que se usa para curar aftas.

 

           O mail  também diz que ele foi "corrido" de Itália mas aclamado nos Estados Unidos.

 

            O tal video mostrava  que o dito "cancro" ,depois de tratado com borato ,tinha desaparecido.

 

             Fiquei preplexa.Será possivel que seja mesmo verdade? Então tantos cientistas que durante anos e anos se  têm dedicado  a este estudo nunca descobriram uma coisa tão simples? Será verdade que às vezes o remédio é tão simples que custa a acreditar ser

possivel?

 

             Ou será possivel estarmos na presença de alguém que, sem qualquer respeito pelas  pessoas que neste momento estão em sofrimento,lhes esteja a dar falsas esperanças? Nesse caso o que ganharia com isso? O borato vende-se em qualquer farmácia! Mas também é verdade que ele não disse como fazia os tratamentos.

             

              Mais uma vez são acusados os grandes grupos farmacêuticos de não quererem que esta forma de cura tão simples se saiba para continuarem a ter os lucros fabulosos que têem. Então estão a permitir o sofrimento da quimio e da radioterapia e tantas vezes da morte em nome do lucro?

               Sinceramente sinto-me muito confusa.

             

             

 

E UM MENINO NOS NASCEU

rodrigando, 06.08.09

   

      Chama-se Gonçalo, nasceu no dia 3 de Agosto,às 19,40, com, 3,200 de peso.É um bebé muito bonito embora pareça ter herdado o narizito do avô materno, mas antes o dele que o meu.

      

      O parto foi normal embora a mamã tenha tido que levar bastantes pontos.Segundo diz quem assistiu (o papá,claro) foi uma grande mulher e suportou todo o parto com muita coragem.

      

       Já foram ontem para casa e escusado será dizer que a mana está eufórica mas cheínha de ciúmes,querendo o colo de todos os que pegam no bebé,mudar  fralda quando se muda o bebé e  até já voltou a falar na chucha quando foi ela mesma que a deitou fora.

 

       É claro que todo o cuidado é pouco para ela perceber que ninguém lhe tira o lugar e que o mano é apenas um bebé que precisa de  ajuda para tudo,enquanto ela já uma menina grande que sabe pedir o que quer e que tanto o papá como a mamã são dela mas também são do mano.

 

       Claro que com o tempo tudo irá ao seu lugar. Agora é preciso apenas usar o bom senso para não se exagerar nos mimos e não acabarmos por fazer o contrário do que queremos e,

embora os mimos nunca sejam demais ,não a trransformarmos numa despotazinha.

 

        Eu tenho estado em casa do filho mais velho para o apoiar com a menina já que desta vez a outra avó está ligeiramente incapacitada fisicamente, porque foi recentemente operada a um ombro. Tem usado um aparelho para o imobilizar e tem tido alguma dificuldade de mobilização mas isso nunca a impediu de estar presente em todos os momentos.

         

         Cada vez gosto mais desta família, que também é minha!       

 

          A minha baixa acabou hoje. Amanhã vou trabalhar para  depois poder ir gozar as férias, ou uma parte delas ,antes de recomeçarem as aulas. Os dias que restam vou guardá-los para os dias em que tenho de ir ao Hospital apanhar as injeções.Assim ,se me não sentir 

em condicções, não preciso de faltar. Sobretudo se tiver que estar no Hospital às 8 da manhã depois de sair da Escola à meia noite.

         

           Hoje o médico perguntou-me que medicação estava a tomar para a depressão e

quando lhe disse que não estava a tomar nada pareceu um pouco admirado mas não me receitou nada.           

           Estou numa fase em que psicologicamente me sinto optima, o que parece não ser muito usual no tipo de doença que tenho.MAS É TÃO BOM SENTIR-ME ASSIM!

          

           Muitos Rodriguinhos

O BAPTIZADO DO DANIEL

rodrigando, 03.08.09

 

 

     Hoje estou cansada,mesmo muito cansada mas muito feliz.

    

     Como já tinha dito, o meu nétinho mais velho foi hoje baptizado na Igreja Católica.Não foi isto que me tornou particularmente feliz porque não sou defensora de comprometer uma criança em qualquer fé,quando esse compromisso não passa de uma tradicção. Os pais não são praticantes e, embora cristãos,apenas se preparam para inscrever o menino na catequese quando for a altura própria.

      Cederam à pressão de outros membros da família e pronto.

      Já conheci casos em que foram os filhos que depois acabaram por tornar os pais praticantes!

      O  menino estava  muito bem comportada até à altura em que o celebrante teve que lhe pôr a água na cabeça. Aí começou a complicação. Detesta lavar a cabeça e é preciso lavar--lha com a água a escorrer para trás. Aqui era precisamente o contrário e ,quando  viu o que aconteceu ao bébé que foi baptizado antes dele , apressou-se a agarrar-se ao pai e foi uma carga de trabalhos para que lhe conseguissem pôr as três conchas de água do baptismo.

Por fim lá foi baptizado.

       Depois das fotos do costume fomos para a festa e aí sim tudo correu bem.

       O que me deixou imensamente feliz foi o facto de juntarmos tanta família.

        Ao contrário do que acontece com outras famílias a minha vai crescendo.Hoje juntámos numa só família a minha (filhos,netos,irmãos, sobrinhos e. naturalmente ,o em ex-marido com a sua actual companheira ), a do meu genro e a da minhha nora.Ao todo éramos cerca de 80 pessoas!

        Ao fim da tarde tivemos Karaoke e foi uma paródia com os os "palhaços "do costume que,como habitualmente não têm medo do ridiculo,divertem-se e divertem os outros.

       

        Para t udo acabar em grande a minha norinha começou com contracções e,neste mo-mento, está  no Hospital.

        Será que o Gonçalo vai nascer ainda hoje?

         Só peço a Deus que os acompanhe  para que tudo corra bem para ambos.

 

 

 

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